O desafio lançado há poucos dias resultou em alguns bons trabalhos informais feitos pelos alunos. No entanto, o desconhecimento do mundo virtual ainda assusta muito os pais que dizem aceitar que se coloque de forma privada o vídeo no blog, mas não o aceitam no Youtube. Infelizmente isso impossibilita a divulgação aqui, visto que é uma mídia aberta.
O que aconteceu com o vídeo da Luana é o que se propõe, de fato, a partir deste blog. Ir "além da sala de aula". Ultrapassar os muros da escola. Só assim, nos dias atuais em que a Cultura Digital já está integrada ao nosso ser e existir, é que conseguiremos interagir com nossos alunos, para ajudá-los em sua construção do conhecimento.
A sala de aula hoje, para eles, está fadada ao fracasso. Ela é chata, muitas vezes, sem sentido. A correção dos trabalhos, provas e redações pelo professor não lhes diz mais quase nada. Na verdade, só lhes aponta o sucesso ou o fracasso, mas isso não é sinônimo de real (não-)aprendizagem. Quando permitimos ao aluno testar suas habilidades, ir além da caneta e do papel que espera uma correção vermelha, ter suas criações vistas e criticadas por outros, além do professor, permitimos também que ele faça um processo de autoavaliação, de autocrítica, de construção de sua própria aprendizagem através da troca, da interação. É exatamente isso que está acontecendo com a postagem do vídeo da aluna Luana R. Não só a comunidade CMRJ apareceu por aqui para vê-lo e comentá-lo. Seus familiares, professores de outras instituições, que seguem este blog por sua qualidade e compromisso, gente até de fora do Brasil que é ligada à Educação assistiu à criação dela.
O que se pode esperar dessa aluna a partir de agora? Qual vai ser o interesse dela nas próximas produções e atividades feitas em sala de aula ou para além dela? O que ela aprendeu com tudo isso?
Essas são as perguntas que devemos nos fazer para entender a importância desta mídia que hoje está na sala de aula, na mão do aluno, que permanece twittando ou navegando na internet, escondido, através do celular enquanto o professor está falando.
Estas são, também, as questões que devemos pensar a partir de agora, como pais, professores, educadores. Precisamos lidar com esta Cultura que não mais está "entrando" em nossa vida. Ela já está em toda parte e já impõe novas formas de ser, estar e pensar o mundo em que vivemos agora.
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