Você leu, em Força, Hércules!, que Zeus se livrou, sabiamente, de uma situação embaraçosa, isto é, ele teria de escolher uma dentre três deusas para presenteá-la com um pomo (maçã) de ouro. Para se livrar da fúria das duas perdedoras (uma delas poderia ser, inclusive, Hera, sua mulher), Zeus decide que o mais belo dos mortais seria o juiz dessa discórdia. Hermes, encarregado de ir ao mundo dos homens, escolhe Páris para cumprir a árdua tarefa.
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O que nós não sabíamos é que o destino prega peças terríveis. Páris, ao nascer, fora rejeitado por seus pais, pois seu destino traria a ruína de Troia. Segundo o mito, Hécuba, mãe de Páris, sonhou que estava dando à luz uma porção de serpentes chamejantes, que se enrolavam umas nas outras e silvavam. Os adivinhos, quando interpretaram esse sonho, disseram que a criança causaria a ruína da família e a destruição da cidade. Por isso, seu pai, o rei Príamo, resolveu abandonar o menino às feras, no alto do monte Ida. Uma grande ursa, porém, encontrou o bebê e o amamentou até que um camponês, que descobriu tal situação, conseguiu roubá-lo do animal. Ele criou Páris como se fosse seu filho.
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E aí, queridos alunos, já deu para decifrar o que vai acontecer com Páris em sua trajetória de vida? E com Troia? Então pense um pouquinho. Você leu o capítulo em que Páris tem de fazer aquela terrível escolha e viu como cada uma das deusas agiu para convencer o pobre rapaz a escolhê-la. As três são deusas, mas todas chantagearam e tentaram corromper Páris. Com esse exemplo, podemos dizer que os deuses gregos eram criados “à imagem e semelhança” dos homens, diferindo apenas no poder e na imortalidade. Você concorda com tal afirmação? Quais são as semelhanças entre deuses e homens?